Pico da estiagem: após 78 sem chuvas, Rio Piracicaba tem baixa vazão e Semae aumenta uso de cloro no tratamento de água
10/09/2025
(Foto: Reprodução) Rio está 76% abaixo da média histórica em Piracicaba; Consórcio CPJ emite alerta
Piracicaba (SP) não registra chuvas significativas há, pelo menos, 78 dias no leito do manancial que leva o nome da cidade. No pico da estiagem, a vazão do Rio Piracicaba registrou volume até 76% menor do que a média histórica para esta época do ano.
O presidente do Serviço de Água e Esgoto (Semae) de Piracicaba, Ronald Pereira da Silva, afirmou que, diante do cenário, foi necessário reduzir a captação de água e intensificar a aplicação de cloro no tratamento para poder abastecer a população.
"O volume de cloro adicionado ao tratamento foi de 40% a 50% a mais que o habitual para poder atingir o nível de qualidade no tratamento da água no abastecimento da população. Em termos financeiros, a alta foi de 120%", detalhou o presidente do Semae.
O aumento nos serviços não refletirá no valor da conta de água, garantiu o representante da autarquia.
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Rio Piracicaba tem paredão de pedras no pico da estiagem no início de setembro
Reprodução/EPTV
O Consórcio das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) emitiu um alerta sobre a qualidade da água e pediu atenção aos moradores em relação ao uso consciente da água e descarte de resíduos que, diante da estiagem, dificulta ainda mais o tratamento.
📉Com pedras aparentes no leito do manancial, nesta quarta-feira, a vazão do Rio Piracicaba, responsável por cerca de 20% do abastecimento da cidade, era de 12,65 mil litros de água de água por segundo (m3/s) na estação de captação na região da Rua do Porto.
O volume esperado é de 54 mil litros de água por segundo.
Rio Piracicaba tem pedras aparentes
Reprodução/EPTV
Os dados são do boletim Sala de Situação do Consórcio das Bacias PCJ, a partir de dados do SP Águas, nesta quarta-feira (10).
O nível do manancial era de 0,87 metro de profundidade e não supera média histórica para agosto, de 1,37 metro.
Nível do Rio Piracicaba fica abaixo da média para agosto em 2025
Claudia Assencio/g1
Orientações
O PCJ orienta que a população faça uso consciente da água e que evite o descarte de resíduos ou contaminantes da água. Quando a qualidade da água é afetada, principalmente em tempos de estiagem, ocorre o aumento de gastos significativos com produtos químicos.
"Como estamos no pico da estiagem, a vazão dos rios fica bastante reduzida. Assim, a concentração de poluentes aumente. Toda ação é fundamental. É importante que dona de casa, por exemplo, quando faz algum tipo de fritura, evite jogar o óleo no ralo da cozinha ou demais resíduos no vazo sanitário. Além disso, é importante fazer a coletiva seletiva para evitar que esses poluentes cheguem aos mananciais", disse o técnico do PCJ, Flávio Stenico.
Rio Piracicaba tem pedras aparentes no Rio Piracicaba em 19 de agosto de 2025
Reprodução/EPTV
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