Dono de animal baleado por PM em Guará, SP, pede justiça: 'Matou minha cachorra na porta da minha casa'
15/08/2025
(Foto: Reprodução) IMAGENS FORTES: cachorro é morto a tiros por PM após confusão com moradores
Dono da cachorra Pretinha, que morreu baleada por um policial militar em Guará (SP), o auxiliar operacional Rafael Felipe está revoltado com o caso e pede justiça. Segundo ele, o animal era extremamente dócil e estava com a família há dois anos.
"Foi um cara totalmente irresponsável, ele arrebentou o portão da minha casa, que eu desamassei, onde ficam os três cachorros, dois pitbulls e um chow chow, totalmente dóceis. A gente vai na delegacia, a gente está vendo se consegue um advogado, porque é um absurdo. O policial chega totalmente despreparado, faz uma abordagem totalmente inadequada, vem pra arrombar o portão de uma casa sem mandado, os cachorros saem [na rua] e ele vai e mata a cachorra".
O caso aconteceu na tarde de quinta-feira (15), na Avenida Massuo Nakano, região central de Guará, e foi gravado por câmeras de segurança (veja acima - atenção, imagens fortes).
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A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que todas as circunstâncias são apuradas pela corporação, que avalia as medidas cabíveis.
A cachorra é de Felipe e da irmã dele, e fica na casa dos pais. Ele não estava próximo no momento da abordagem policial, mas, assim que soube da morte de Pretinha, correu para o local.
Ainda segundo Felipe, a irmã presenciou tudo e passou mal com a situação. O pai deles chegou a ser preso por desacato, mas foi liberado na madrugada, após pagamento de fiança.
"Ele [o policial] arrebentou o portão da minha casa, onde ficam os três cachorros, dois pitbulls e um chow chow, totalmente dóceis. Isso não pode ficar assim, deixar uma coisa dessa impune. Minha irmã teve de tomar remédio para dormir e a gente está muito triste".
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Ainda segundo a SSP, policiais faziam patrulhamento pelo bairro, quando viram um suspeito descartando uma sacola com um tijolo de maconha e outras porções de droga.
Em nota, a pasta informou que, ao tentar efetuar a prisão, os agentes foram hostilizados pelos moradores, que tentaram impedir a ação.
PM mata cachorro a tiros em Guará, SP
Reprodução/EPTV
Ao g1, Felipe disse que o irmão estava sentado do outro lado da calçada, quando o policial se aproximou.
"O policial passou na rua normal, aí meu irmão estava sentado do outro lado da calçada, em frente a nossa casa. Eles pararam para fazer abordagem, e aí o que meu irmão fez? Pôs a mão na cabeça, tirou a camisa e veio em frente de casa para a câmera pegar a filmagem".
As imagens, gravadas por câmeras de segurança, mostram que houve resistência por parte de moradores e troca de agressões entre eles e os policiais.
"Ele [o policial] vai para luta corporal e vai para abrir o portão. Ele estoura o portão, abre o portão e minha mãe fala para ele que os cachorros estavam preso lá. A cachorra sai e ele dá três ou quatro tiros. Eu cheguei depois, porque eu não moro aqui com meus pais, eu tenho minha esposa e moro em outro bairro, aí vim correndo. Na hora que cheguei, já vi a cachorra no chão morta e meu pai dentro da viatura".
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